sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Uma história - real - de Natal - Parte IV



A cama do hostal(albergue) não cheirava bem. Foi um dos piores albergues da nossa trip, na minha opinião. Eu que estava acostumada a viajar pela empresa e ficar em hotéis, estava tendo uma nova experiência: dividir o quarto com estranhos, dormir numa cama mal-cheirosa (obviamente nem todos os albergues são assim), e tantas outras histórias que contarei em outros posts. Assim que, não dormi muito bem.
Acordei. Era dia 25, Natal. Logo lembrei da noite anterior e uma profunda tristeza me invadiu. Por mais que eu tentasse não pensar no que aconteceu, era difícil colocar um sorriso no rosto. Viktor Frankl diz que a felicidade é uma escolha nossa, independente das circunstâncias ao nosso arredor. Mas eu não conseguia. Meus olhos estavam inchados, como sempre ficam depois de tanto chorar... fico parecendo um sapo. Desci pra tomar café na cozinha compartilhada do albergue. O menu: pão com nutela e leite com chocolate. Sentei na sala pra comer, e aí estavam jovens de todas as partes do mundo, falando as mais variadas línguas. Decidi ir pro computador. Não estava com saco pra papo furado, não naquela manhã. Enquanto navegava na internet, veio na minha direção um rapazinho que estava no nosso quarto. Era um chinesinho simpático, que ao me ver chorar no dia anterior e interessar-se pela minha situação, tentou me vender por um bom preço um bilhete de metrô semanal com 3 dias ainda de uso. Londres é mega caro, o preço era bom, mas algo me disse: não compre.
Na manhã do dia 25, enquanto eu tomava meu café o chinesinho se aproximou, parou ao meu lado e disse “Good Morning. A Chrstimas gift for you.” (Bom dia! Um presente de Natal pra você!) abriu um sorriso e extendeu o bilhete de transporte pra mim.
E foi então que uma série de eventos mágicos como esse começaram acontecer nesta viagem.

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