domingo, 18 de janeiro de 2009

Uma história - real - de Natal - Parte IX


Cheguei na estação Victoria por volta das 8h30 da noite. Não tinha muita gente. 26 de dezembro também é feriado em Londres. Havia decidido ir pra casa da amiga da tia. Olho para o painel com os horários e não entendo muito bem. Prefiro perguntar aos guardinhas parados no meio do saguão.
Ao perguntar sobre o trem que deveria tomar, o guarda tira do bolso uma lista. Começa a ler, descendo com o dedo até o final e voltando ao início. Ola pra mim e me diz sem muito interesse: sinto muito, hoje é feriado e o último trem acaba de sair.
Congelei.
Perguntei onde havia um orelhão. Talvez eu estivesse com tamanha palidez e uma cara de desespero que inesperadamente o guardinha que até então estava indiferente me emprestou seu próprio celular. Liguei pra amiga da tia mas infelizmente, não tinha jeito. Era longe, e ela não tinha como vir me buscar.
E agora?
Lembrei da mãe da minha amiga. Eu tinha 5 numeros de celular diferentes pra falar com ela. Comecei a tentar pelo primeiro da lista. Nada. Só no último número ela atendeu. A essa altura eu já estava tão desesperada que supliquei. Disse que eu poderia dormir no sofá, ou num cantinho do chão... eu só precisava de um lugar pra ficar!"Posso ir?". Tensão. Ela me pediu pra ligar de volta em cinco minutos pois precisava falar com seu companheiro. Minutos que duraram uma eternidade.
Liguei de volta e mais uma mágica aconteceu: ela disse sim!

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