segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Uma história - real - de Natal - Parte X


Agradeci o guardinha. Ele foi muito gentil em deixar eu usar o seu celular umas 9 vezes. Isso também fez parte de uma das magias de Londres. E ainda me disse, you are welcome com um sorriso. Acho que ele sentiu ter feito uma boa ação. Saí dali em uma silenciosa prece agradecendo a todos que de alguma forma, me ajudaram a enfrentar essa situação.
No metro, segui as instruções que a mãe da minha amiga me passou. Quando a encontrei, uma hora depois, tive vontade de chorar, mas me controlei. Sei lá, ela me passou uma emoção tão boa... Mal chegei e já a agradeci muito. Eu teria que ficar 2 dias, até o dia 28. Logo em seguida ela ia pro Brasil, passar férias com a família.
Entramos na sua casa. Eu quase não conseguia controlar a emoção. A segurança e o conforto de um lar naquele momento me faziam muito bem. Era uma emoção gostosa. Entrei na sala. Ela tinha 3 malas gigantes e vários presentes ainda por colocar na mala.
Ela comentou que tinha me reservado o sofá. Foi a melhor noite de sono que tive desde que cheguei em Londres.
Na manhã seguinte, acordei com um bilhetinho carinhoso dela ao meu lado, me desejando um bom dia e me convidando pra um café onde ela trabalha. (Muito fofa! São pequenos gestos como este que demonstram a generosidade e o amor no coração de uma pessoa!).
Bom, era hora de resolver meu passaporte. Em resumo, entre idas ao consulado, choros e desesperos pra conseguir meu passaporte em 24 horas pra poder pegar o vôo no dia 28, ligações pro Brasil, o suporte da família pra reunir a documentação e passar pro consulado... no final...ufa...deu tudo certo.
Nesses dois dias que estive na casa da mãe da minha amiga, compartilhamos momentos simples, gostosos e inesquecíveis juntas, passeando pela Picaddily Circus, comprando coisinhas pra comer nos chineses da Oxford Street e comendo de volta pra casa dentro ônibus. Compartilhamos também nossos medos, alegrias, frustrações e conquistas com a decisão de ficar longe da família.
É engraçado como a vida “arma” situações pra que tudo se resolva. Segundo ela, a minha estadia na sua casa foi importante. Além de distração dos problemas do dia a dia, eu pude ajudá-la a colocar todos aqueles pacotes dentro das 3 malas.
Permitam-me abrir um parenteses: as 3 malas gigantes estavam recheadas de presentes para as pessoas que ela ama no Brasil. A sua bagagem? Uma pequena malinha de mão com algumas peças de roupa pra passar 3 meses!!!!
No final, ela me agradeceu a minha estada alí (é mole? Imagina então o tamanho da minha gratidão!). Ela andava triste e preocupada com algumas coisas e no final, pôde se distrair até chegar a data da tão esperada viagem pro Brasil. Mas não fui eu, foi sua bondade e imenso coração que trouxe de volta pra ela aquilo que ela espalha pelo mundo: amor.
O meu muito e terno obrigada P!

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